quarta-feira, outubro 29, 2008

Confirma-se.

O que eu digo, escreve-se.

Meter a língua aonde não devemos

Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come
por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.

Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'

Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.

Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair
no cimento.

Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!

Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.

Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.

É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.

Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.

Êros (também aérios, eurios, etc.)
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.

Falastes, dissestes...

Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele
falou, TU FALASTES..

Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial.
Casa que não fractura... não predura.

Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu
há-des cá vir um dia...'

Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu
inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante
'Inclusivel'.


A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à
língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?

Nha
Assim como Mô, é a forma mais prática de articular a palavra MINHA.
Para quê perder tempo, não é? Fica sempre bem dizer 'Nha Mãe' e é uma
poupança extraordinária.

Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República
uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a
qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!

Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.

Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.:
'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.

Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.

Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um
'prontus'! Fica sempre bem.

Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos
pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o
problema deve ser meu.

Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de
automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da
cromagem'...

Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua
portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada,
pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo.
É assim... tipo, tás a ver?

Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.


PS= A minha empregada acabou de me mandar uma mensagem assim: D.Copy (nome fictício), não poço ir trabalhar pk desmenxei o pé. Vou na 6.Brigados.

segunda-feira, outubro 27, 2008

O Chico é que sabe



Não sei se conhecem o Sr. José Francisco, Ze Frank para os amigos, mas este rapazola tinha um dos melhores podcasts de sempre. Entretanto acabou, tal como tudo o que é bom. Neste episódio ele diz-nos que encara os projectos criativos com o sudokus. Vejam e percebam porquê.

Graças a este vídeo, nunca mais tive momentos de folha em branco.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Agora, ainda mais a sério, o que faz um copy?

- Pensa.
- Pensa no conceito.
- Pensa em como o há-de comunicar ao DA.
- Pensa em palavras, pensa em imagens, pensa em acções, pensa em sonoridades.
- Pensa que o DA vai mesmo conseguir visualizar aquilo que o copy pensou.
- Pensa que precisava de um DA mais sénior, mais arrojado, mais vistas largas.
- Pensa que o seu DA é o melhor do mundo e teme o dia em que o possa perder.
- Pensa em como há-de enriquecer com palavras a proposta visual do DA.
- Pensa em camadas. Pensa cada palavrinha que escolhe. Pensa em cada possível leitura, em todas as interpretações possíveis.
- Pensa no som que as palavras têm juntas, separadas, compassadas, entre as orelhas e depois nas ondas do éter.
- Pensa que não consegue pensar em nada.
- Pensa em comer chocolate/ir fumar um cigarrinho quando tem de pensar numa ideia.
- Deixa de pensar, esperando que a ideia lhe assome ao pensamento.
- Pensa que não pode deixar escapar uma gralhazinha que seja.
- Pensa que, em inglês, seria mais fácil.
- Pensa que, em português, é que está o desafio.
- Pensa que os brasileiros podem tudo e os portugueses raramente podem alguma coisa.
- Pensa que manda umas piadinhas mesmo muito giras. Os outros pensam o mesmo.
- Pensa onde é que deixou a caneta e o papel agora que precisa mesmo de escrever aquela frase fantástica que acabou de ouvir/pensar.
- Pensa que é bom no que faz.
- Pensa que adora o que faz.
- Pensa que ninguém o escuta/lê/lhe dá importância.
- Pensa que ganha campanhas com o puro poder das suas palavras.
- Pensa que o trabalho dos outros é sempre uma merda, excepto quando acha que está mesmo bom e que gostaria de ter sido ele a pensar nisso.
- Pensa em quase tudo ao mesmo tempo.
- E, depois, escreve.


Se conseguirem pensar em mais, acrescentem-nas à vontade.

quinta-feira, outubro 23, 2008

O que realmente faz um copy?

O horário legal é das 9h às 18h, quando tudo corre bem e não fico na agência, até às tantas, só com a dupla e a vaga noção que podemos ser assaltados. "Dupla? Trabalham em dupla? Tipo circo? Hummm..."

Viram, vizinhos?
Não sou uma mulher da vida. Eu quando venho tarde para casa, com cabelos desgrenhados, maquilhagem desbotada é porque estive, mesmo a trabalhar, isto é, a pensar... em cenas.

Explicar que sou copy ou redactora a uma pessoa que acha que a publicidade é uma coisa que nasce como as batatas, é muito estranho. Nunca sentiram que vos olham de lado tipo: "Mas pagam-te para pensares e escreveres umas frases? Deves ter ido para a cama com alguém importante, deves...".

Como dizia o meu avô: "Então vais tirar um curso de publicidades? Para quê? Eu mudo de canal quando dão os reclames...." Tssss....

Agora vou pensar... para depois escrever um headline bonito, bonito!

segunda-feira, outubro 20, 2008

Também quero...


Em inglês era tudo mais fácil. Pelo menos para mim.

Porque há promoções. E depois, há promoções AKI.


Há promoções, há rebaixas, há saldos e há... o Antes e o Agora, uma nova promoção do AKI que desconta 5 cêntimos num produto excelente. Porque menos 5 cêntimos numa secretária Wengé é uma mais valia para todos os clientes.

Claro, que o comum dos mortais (consumidores), não olha para o preço que está com um X e só olha para o gigante preço... E o cérebro assume que é um desconto do caraças e toca a comprar. Ou sou eu a viajar?

Neste folheto AKI só faltavam os !!!!!!!! e os ...............

sexta-feira, outubro 17, 2008

A montanha pariu um... peixinho.

Talvez seja eu que ando um bocadinho desligada, mas parece que abriu por aí mais um shopping, o tal que pertence ao IKEA, e ninguém deu por isso.
Media? Nada. Nos jornais, só capas falsas e anúncios fraquinhos, fraquinhos, ao serviço de um conceito raquítico e fraquinho agregado a um nome, adivinharam, fraquinho: "Mar Shopping."
Mas é assim, nem reportagens na Tv, nem boletins do estado do trânsito a avisar da congestão em torno da grande inauguração do novo shopping, nem buzz nem nada, pelo menos que eu tenha visto ou sentido. Em tempos de crise económica, há pouco espaço, paciência e orçamento para novos templos do consumo. E, pelos vistos, houve pouco esforço publicitário para contrariar a tendência. O conceito de "Onde o Tempo Pára", ou coisa que o valha, parece que parou no tempo em que os shoppings eram grande novidade. Agora já não são. E no Porto, já sobejam e enjoam... lá está, maream.
Não conheço ninguém que esteja a arder de curiosidade para lá ir. E desenganem-se os que pensam que aquilo tem vista para o mar - até pode ter, mas só se for da cobertura do edifício - porque fica na zona industrial de Matosinhos, o que só por si já é bastante desengraçado.
Com tantos contras, o novo shopping merecia uma campanha publicitária um bocadinho mais competente, um bocadinho mais disruptiva, um bocadinho mais contundente e muito, mas muito, mais eficaz. Parece que foi feita à distância, que é um reaproveitamento de uma qualquer outra campanha daquelas tão inócuas que servem para tudo e não servem para nada. Definitivamente, não foi uma campanha feita para os consumidores do Grande Porto, para o Norte, para Matosinhos sequer. Eu tive acesso ao briefing, confesso, e, sim, apresentei uma proposta, e, sim, apaixonei-me pelo projecto desde o primeiro momento, e, sim, ao ver a campanha que saiu para a rua, fiquei desapontada. Porque diz que foi fruto da criatividade de uma grande agência, mas a proposta não está melhor que a minha e porque não me ensina nada sobre como lançar (mais) um shopping em terra farta de shoppings.
Condizentemente com o nome escolhido, "MarShopping", parece-me que a coisa se afogou à nascença, morreu na praia, ou está naufragada e à espera de salvação. Vêm-me à ideia headlines como "atira-te ao MarShopping e diz que te empurraram", "Quem vai ao Mar, tem sempre lugar" (este é para o estacionamento), "Há mar e Mar, há ir e gastar", e ainda, "Quem vem ao MarShopping, afoga-se em dívidas". E porque não, em alinhamento com a campanha, "Respire fundo. Desacelere. Deixe-se afogar no MarShopping".
É Mar. Quer dizer, é mau. Mauzinho, vá, mauzinho e fraquinho.
É pena. Ou pior, é o que veio na rede.

*atentem no cuidado do copy ao se referirem à acção em que alegadamente pararam o tempo no "porto" (em caixa baixa? Mas onde é que estamos?). Só se for no de Leixões.

"Ver para Escrever III": Xanax


JorgeColecttive @ Mexico - Veracruz, Xalapa com Lomo Holga

O desespero deixa cair a nódoa verde do vómito incontrolável. Tenho medo! Puseram-me sentada aqui. Puseram-me amarrada a esta cadeira de onde tento desesperadamente sair mas não consigo. Contorço-me. Mexo os pés de forma abrupta. Até me ficarem a doer. Não desgosto da dor, mas incomodam-me os sapatos que me deram. Vomito. Deram-me um comprimido. E depois outro, e mais outro. Esta roupa que trago não é minha e tudo aqui cheira a velho e a comprimidos. Toca a sineta. São horas de recolher.
®Anita

quinta-feira, outubro 16, 2008

83%

Created by OnePlusYou - Free Online Dating



O resto deve ser para comer, dormir, sexo, ler livros, e escrever em blogs.

"Ver para Escrever II": Simone



®Simone Frignani, Italy com Lomo Kiev 35A



Vem, Simone. Apaga o cigarro, deixa a máquina na cómoda e vem. Deixa-me ser o ilustre convidado a abrir as portas escancaradas da tua manhã.
®Anita

quarta-feira, outubro 15, 2008

Erros Comuns da malta portuguesa

- IORGUTE (Come o iorgute, Kátia Bánessa!)

- MORTANDELA (Dê-me aí umas 100 gramitas de mortandela, menina!)

- ASTERÍSTICO (será um erro comum nos accounts? Hehehehe)

- A janela é BASCULANTE e não VASCULANTE. (No Norte, pelo menos não falhamos esta.)

- ESTRILIZADO (O material está estrilizado, com pozinhos do céu)

- CASA GERMINADA (Era uma casa germinada tão linda, que cresceu como o pé de feijão do João!)

- QUAISQUERES (Ok! Não vou dissertar sobre isto... dá-me pena.)

- e por aí fora, que agora não tenho tempo...

And now, for something completely different.

O que fazer quando se vê um atentado destes contra a nossa língua e, não menos importante, a nossa tão querida área?



Desculpem a má qualidade da coisa mas quando o vi no MB não tirei foto. Esta bifei ali ao blog do Aniceto.

Com a cortesia do Pontinha, um DA do c******


"Ver para escrever I": Lo Ritual de lo Habitual


® Katya Leontyeva, St.Petersburg
Fonte: Lomo.Homes


8:00. Entro na casa-de-banho. Faço o ritual matinal habitual: não olho ao espelho, engano-me na escova de dentes, troco o gel pelo shampoo. Acordo já no banho com a água quase a transbordar para as 8:30. Atrasada. Como sempre. Nunca escolho uma roupa que me fica bem. Quero uma com maturidade mas chique urbana. Para que me olhem e pensem que sou uma tipa adulta com ar indie e rebelde. No comboio esqueço isso tudo. Nos ouvidos, mais uma tipa anti-folk diz-me o que quero ouvir. Cai o meu coração às 9:15 na Estação de S. Bento. Parte-se em mil pedaços como os azulejos gastos nas paredes velhas da estação. Venho buscá-lo mais tarde. Sigo para o outro lado do rio. Com menos sono, com menos coração, com mais ansiolíticos, mas sempre com a música a incomodar quem vai ao meu lado. E muito nevoeiro.

terça-feira, outubro 14, 2008

Dupla BD Maravilha


Isto assim é que devia ser. Com fatiota a combinar todos os dias!
Não somos a dupla mais gira do pedaço? Não desfazendo...

"Ver para Escrever"

Decidi juntar as duas coisas que gosto mais de fazer na vida: escrever e lomografar.
Comecemos portanto, com o exercício. Será feito através do banco grátis de imagens da The Lomography Society International , de onde será retirada uma foto aleatória. Dessa fotografia, escreverei histórias, poemas, simples frases, palavras soltas, não importa, num meu outro blog. O que importa é Ver para Escrever.

Vão passando por lá. Manual do Contra-Cronómetro. Estou a contar com os vossos comentários.

segunda-feira, outubro 13, 2008

E tu?

Toca-me no ego e faz-me um pin



(Não fui eu que fiz. Roubei da net, of course!)

domingo, outubro 12, 2008

Da repartição de anúncios para o mundo.

Alguém acaba de me dizer que conseguir juntar os publicitários do Porto seria uma perfeita utopia. A ideia veio a propósito de um bem sucedido jantar de publicitárias - quase todas copys - que aconteceu há umas duas semanas. Já na ocasião do jantar, me pareceu que faltaram os gajos, mas na verdade, quem faltava eram os colegas. As caras que eu não conheço, de agências mais conhecidas ou mais obscuras, os bons, os maus e os do contacto.
Devíamos juntarmo-nos todos. Todos. Ou tantos quanto os possíveis. Não interessa a agência, a experiência, nem mesmo se é do Porto, arredores ou até de Lisboa ou (temporariamente a trabalhar no) Algarve ;). Interessava juntar toda a gente, ver caras, sentir os corações, e acordar esta gente que, segundo me dizem, "parece que trabalha tudo na Publicidade como se fosse no banco...".
Ok. Mas isso pode mudar. Os senhores da repartição também comem, ou não?
Vá, opinem e embuam-se do espírito. Alguma coisa vai ter de acontecer.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Bom findesse...

É a loucura.

E eu continuo sem perceber muito bem de onde vem.
Do título, pois então. E só.
'Mad Men'. Anda tudo doido com essa série sobre os publicitários de Madison Avenue nos idos da década de 50. Pois, muito bem, eu já vou no episódio 6 e, à parte de um sobre os cigarros LuckyStrike e do genérico, pouco mais tenho visto que retrate a vida de um publicitário.
Ok, o DC perde o sono em busca de um conceito, fala com pessoas na rua para lhes estudar as reacções, os paizinhos não conseguem perceber o que faz alguém que "trabalhe" em publicidade, os clientes são difíceis, e há accounts que sonham ser criativos. So what? E...anything else? Fuma-se, pelos vistos.
Estereótipos fraquinhos à parte, Mad Men ainda não foi além do retrato-tipo de um director criativo rodeado que accounts irritantes e de um visualizador e um copywriter apagadotes. Depois disso, é vida privada, o que não interessa a ninguém. Basicamente, a série podia ser sobre qualquer outra área profissional, gestores de empresas, contabilistas, escriturários, e outra gente normal que sobrevive em empresas grandes, onde a gente se come nos elevadores, se der, em várias acepções da palavra. E nos anos 50, dava menos, convenhamos. Fumava-se era mais. Aliás, na série, que deve ser patrocinada pelas tabaqueiras, fuma-se demais, ao ponto de o espectador pigarrear por excessiva exposição ao tele-fumo passivo. Talvez seja esse o maior contraste com a vida actual: o que dantes era um 'must' social, hoje é 'absolutely must not'.
Fazer uma série sobre publicidade, vende. É um bom conceito, vende. E mesmo que seja oco e pouco aprofundado, vende porque é aspiracional. Enche-se o peito a suspirar que a profissão de publicitário é glamorosa e toda a gente acha que é muito bem, até mesmo ubercool, fazer publicidade. Até pode ser, mas não é por nada do que é retratado na série.
Falta-lhe o processo criativo, a busca da ideia, a competição entre criativos, o choque de personalidades e egos, o discurso e o tipo de raciocínio do publicitário, com aquilo que tem de genial e o que tem de perverso. O Dr. House consegue ter mais disso nos primeiros 10 minutos de um episódio do que Mad Men me mostrou em seis.
Mad Men, a loucura? Só se for porque o publicitário (que trabalha a conta) o diz.
Porque nem sequer é série para publicitário ver.

Do trailer do post anterior

Depois de anos e anos de psicanálise, vem uma frase e faz-nos perceber que não estamos sós...

"The frightening thing about being what someone calls a creative person is that you have absolutely no idea where any of your thoughts come from and, specially, you don’t have any idea about where they’re gonna come from tomorrow."

quarta-feira, outubro 08, 2008

O que faz falta...

...é inspirar a malta!

E é isso que este filme vai fazer de certeza (quando sair).


Em jeito de documentário, Lee Clow, Dan Wieden, George Lois, Hal Riney e Phyllis K. Robinson, partilham as suas visões e experiências. Eu cá mal posso esperar.

Diz que o trailer por si só já tem propriedades milagrosas. Ideal para dias de "não quero ser copy". Podemos não ter rasgos de genialidade como esta malta mas é pelos trabalhos deles que aqui estamos, é pelos trabalhos deles que adoramos o que fazemos. E não nos podemos esquecer disso em dias de "não quero ser copy". Ah! E aposto que todos eles tiveram produtos que não interessavam a ninguém...

terça-feira, outubro 07, 2008

Eu elaboro

Hoje não quero ser copy porque:

• não há nada de interessante para escrever (ou vender)
• está mau tempo (uma abertinha aqui e ali)
• estou de mau humor (e apetece-me estar assim)
• não vejo qual é a lógica
• não tenho briefings de jeito
• não tenho DA (está doentinho!)
• não tenho música nova no iTunes
• tenho frio
• estou a fumar demais
• sinto falta das férias
• preferia estar com a minha cadela
• ...

HOJE NÃO QUERO SER COPY.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Aceita-se honestidade



Alguém está com vontade de fazer uns alltype's para espalhar por todo esse Portugal? Esta matilha merece uma lição! Aceitam-se sugestões, só em jeito de exercício, claro! *wink wink*

quinta-feira, outubro 02, 2008

Correcção.

Se os copys fossem puros correctores ortográficos, o que seria dos revisores? E, pior ainda, o que seria da Publicidade?

...

Experimenta. Sente. Vem. Conhece. Consome. Entra. Possui. Fica. Vai. Compra. Leva. Adere. Compra. Consome. Procura. Usa. Compra. Ganha. Vive. Consome. Bebe. Refresca. Compra. Melhora. Guarda. Faz. Conduz. Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome.Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome.Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome. Compra. Consome.

Começo a ficar farta.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Desafio

EU SOU A COPY, NÃO SOU ORIGINAL!

And so on...

I'm the Robocopy (estilo filme)
CopyRights Now! (estilo manif)

Alguém se lembra de mais alguma?

A ferramenta amiguinha.



É lindo, é simples, é rapido e não insiste em fazer correcções automáticas que nos travam o pensamento e tolhem a criatividade. É imediato, é organizado. É tudo o que um copy pode desejar. E sem tabulações malucas nem macros teimosas que desesperam os nossos amigos DAs.
É o xPad.
Isto é uma recomendação, não é só publicidade.
Esquece o Word e as suas mil e uma funcões complicativas e irritantes, e não insistas mais com o limitadinho TextEdit. Evolui e vem ao encontro do processador de texto que nem imaginavas que podia existir.
O xPad é o processador de texto que não perde os documentos em que estás a trabalhar. Fica tudo na gavetinha ao lado (se me perguntares onde estão os docs no computador, não sei, mas basta arrastar, à boa maneira mac, os documentos para onde os quiseres, que eles vão copiados).
O xPad é tudo de bom e é GRÁTIS!!!
Completamente free!!! À borla, mesmo.
Vai buscá-lo a http://getxpad.com/.
Se fizeres o download hoje mesmo, o xPad ainda te será dado, oferecido, arregaçado e garantido!!!
O xPad é o futuro da redacção criativa e da outra também!
Não voltes a redigir em Word (é mais fácil esculpir granito com lápis de cera). Usa já o xPad no teu próximo trabalho e verás a tua criatividade expandir como nunca antes, e os teus trabalhos serem todos aprovados. Até o DA será mais receptivo aos teus textos.
E como jamais voltarás a perder um texto, o teu patrão ainda te dará um aumento (de trabalho)!
Experimenta já o xPad e muda a tua vida para melhor.

Testado e aprovado por copys exigentes, manientos e até literatos.

(Depois digam, quem é amiguinha, quem é?)

Is that time of the year again?

Então, já começaram a fazer cartões de Natal?
Que fixe, não é... :S

"Mais um cliente satisfeito"

Vira-se o patrão para mim, a propósito de um concept board apresentado ao cliente:
— "COPY", sabe qual foi a reacção do cliente à proposta que apresentámos?
— Qual proposta?
— A do XPTO.
— Hmm...?
— "Parabéns, acertaram no ponto G."

Pero que las hay, las hay.

As equipas perfeitas existem. As equipas perfeitas acontecem raras e preciosas vezes, só que depois vem a vida e leva-nos para longe. Leva-nos para outras equipas que não são tão perfeitas. Ou somos nós que simplesmente não somos perfeitos para a nova equipa, o que, por si só, torna imperfeita essa equipa, que por muito perfeita que possa ser, não o é para nós.
Mas equipas perfeitas existem, e a recordação delas anima-nos, como também nos leva à fronteira da loucura quando nos deparamos com equipas menos que perfeitas. Porque existem as equipas muito menos que perfeitas, não vale a pena escamoteá-lo, equipas empedrenidas, acomodadas, gastas e que realizam, como alguém diz (sem querer alterar o status quo), trabalhos de grupo em vez de trabalhos de equipa.
E quanto a cada um dos membros das equipas perfeitas ou imperfeitas, a questão nem tem tanto a ver com as competências individuais, mais com as interpessoais, porquanto se uns são capazes de fazer sobressair o talento dos outros, outros há cuja simples presença na sala causa uma retracção na liberdade criativa dos colegas, seja pela falta de química entre uns e outros, seja pela atemorização, seja pelo menosprezo pelas capacidades do outro, ou pela necessidade de nivelar pelo mínimo denominador comum do raciocínio para conseguir chegar a um entendimento, medíocre que seja.
É menos bom quando nos encontramos inseridos numa equipa que não tem o nosso tipo de humor, que não visualiza as coisas como nós, que não investiga, não procura, nem sequer imita o que é bom, que não tem o mesmo arrojo ou que tem medo, ou preguiça, de inovar, de fazer diferente, de colocar algo de especial — amor mesmo — em cada trabalho.
Não devemos ficar tristes e pensar que o mal está em nós porque, afinal, outras equipas houve que nos fizeram voar, que partilharam aquele calorzinho na barriga que sentimos quando estamos mesmo orgulhosos de um trabalho, venha o cliente que vier, equipas com quem almoçamos, jantamos e tomamos o pequeno almoço seguidos e nem pensamos que estaríamos melhor em casa.