Pero que las hay, las hay.
As equipas perfeitas existem. As equipas perfeitas acontecem raras e preciosas vezes, só que depois vem a vida e leva-nos para longe. Leva-nos para outras equipas que não são tão perfeitas. Ou somos nós que simplesmente não somos perfeitos para a nova equipa, o que, por si só, torna imperfeita essa equipa, que por muito perfeita que possa ser, não o é para nós.
Mas equipas perfeitas existem, e a recordação delas anima-nos, como também nos leva à fronteira da loucura quando nos deparamos com equipas menos que perfeitas. Porque existem as equipas muito menos que perfeitas, não vale a pena escamoteá-lo, equipas empedrenidas, acomodadas, gastas e que realizam, como alguém diz (sem querer alterar o status quo), trabalhos de grupo em vez de trabalhos de equipa.
E quanto a cada um dos membros das equipas perfeitas ou imperfeitas, a questão nem tem tanto a ver com as competências individuais, mais com as interpessoais, porquanto se uns são capazes de fazer sobressair o talento dos outros, outros há cuja simples presença na sala causa uma retracção na liberdade criativa dos colegas, seja pela falta de química entre uns e outros, seja pela atemorização, seja pelo menosprezo pelas capacidades do outro, ou pela necessidade de nivelar pelo mínimo denominador comum do raciocínio para conseguir chegar a um entendimento, medíocre que seja.
É menos bom quando nos encontramos inseridos numa equipa que não tem o nosso tipo de humor, que não visualiza as coisas como nós, que não investiga, não procura, nem sequer imita o que é bom, que não tem o mesmo arrojo ou que tem medo, ou preguiça, de inovar, de fazer diferente, de colocar algo de especial — amor mesmo — em cada trabalho.
Não devemos ficar tristes e pensar que o mal está em nós porque, afinal, outras equipas houve que nos fizeram voar, que partilharam aquele calorzinho na barriga que sentimos quando estamos mesmo orgulhosos de um trabalho, venha o cliente que vier, equipas com quem almoçamos, jantamos e tomamos o pequeno almoço seguidos e nem pensamos que estaríamos melhor em casa.
Mas equipas perfeitas existem, e a recordação delas anima-nos, como também nos leva à fronteira da loucura quando nos deparamos com equipas menos que perfeitas. Porque existem as equipas muito menos que perfeitas, não vale a pena escamoteá-lo, equipas empedrenidas, acomodadas, gastas e que realizam, como alguém diz (sem querer alterar o status quo), trabalhos de grupo em vez de trabalhos de equipa.
E quanto a cada um dos membros das equipas perfeitas ou imperfeitas, a questão nem tem tanto a ver com as competências individuais, mais com as interpessoais, porquanto se uns são capazes de fazer sobressair o talento dos outros, outros há cuja simples presença na sala causa uma retracção na liberdade criativa dos colegas, seja pela falta de química entre uns e outros, seja pela atemorização, seja pelo menosprezo pelas capacidades do outro, ou pela necessidade de nivelar pelo mínimo denominador comum do raciocínio para conseguir chegar a um entendimento, medíocre que seja.
É menos bom quando nos encontramos inseridos numa equipa que não tem o nosso tipo de humor, que não visualiza as coisas como nós, que não investiga, não procura, nem sequer imita o que é bom, que não tem o mesmo arrojo ou que tem medo, ou preguiça, de inovar, de fazer diferente, de colocar algo de especial — amor mesmo — em cada trabalho.
Não devemos ficar tristes e pensar que o mal está em nós porque, afinal, outras equipas houve que nos fizeram voar, que partilharam aquele calorzinho na barriga que sentimos quando estamos mesmo orgulhosos de um trabalho, venha o cliente que vier, equipas com quem almoçamos, jantamos e tomamos o pequeno almoço seguidos e nem pensamos que estaríamos melhor em casa.
4 Comments:
Eu já tive uma equipa perfeita....ou seja, um DA perfeito. Depois, a vida levou-mo e agora só me restam os freelas com ele. É um pouquinho que me sabe a muito. É a minha alma gémea das equipas e, por consequência, das amizades.
A minha equipa perfeita não era um DA, mas seis(6!). Cada um tinha uma estética muito diferente, e uma maneira de raciocinar distinta. Eram um desafio constante e não havia, para mim, um momento de tédio, excepto quando estavam todos a trabalhar e eu já só tinha de esperar que me mostrassem os resultados.
Mas confiava em todos, e todos eram brilhantes, cada um à sua maneira.
Na altura, da forma como a agência estava organizada, os briefings entravam primeiro para mim, porque os DAs estavam sempre assoberbados de trabalho e não eram interrompidos. Só falava com eles quando estavam disponíveis. De qualquer maneira, e por ter contacto com os briefings antes dos DAs, eu acabava por sugerir à DC (que era directora de arte ela mesma) com qual dos DAs eu preferia fazer determinado trabalho, justamente pelos estilos distintos e pela adequação de cada um a tipos diferentes de trabalho.
Pode parecer pouco ortodoxo, não sei, mas resultava às mil maravilhas.
Tenho saudades dessa equipa.
Infelizmente a administração não nos soube valorizar, e deitou a perder aquilo que fazia daquela agência a melhor em design de comunicação do Porto. Acabamos todos por sair. Hoje uns criaram empresas, outros mudaram de agência, e continuam todos a fazer bom trabalho...
Cara body copy!! Sendo eu próprio alguém a quem chamam de quando em vez COPYWRITER, não passo de um amador...por vezes mais 'dor' do que 'ama' ... e no sentido de te aliviar a dita 'dor' permite-me que sussure o seguinte: neste teu post quando dizes "... equipas empedrenidas..." creio que querias dizer EMPEDERNIDAS... :-)
A forma é importante e toda a gente a pode aprender. O conteúdo, meu caro Dionísio, esse, ou se tem ou não se tem. É o que distingue os profissionais dos amadores sofridos. E, um dicionário, toda a gente tem.
Perdoa-me que não corrija a gralha, mas é por uma questão de coerência, ou o teu comentário perderia o propósito. :)
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