terça-feira, março 31, 2009

Um minuto de silêncio

Pela forma como os nossos jornalistas escrevem...

quinta-feira, março 26, 2009

No copy ad

Eu sou copy, não de nascença, mas por acidente, e se calhar por isso mesmo amo peças sem copy. Ok, o logo da marca não conta como copy. Sou só eu? A imagem é, realmente, tudo? É que se for, rapidamente passo para fotógrafo. Ouvi dizer que se ganha melhor e tudo.

terça-feira, março 24, 2009

Ca**lhadas e m**das

Só um pensamento: e se um dia, para um target a que propomos uma qualquer campanha, começassemos a usar no bodycopy (já nem digo no headline...aí seriam outros quinhentos [já agora, alguém sabe de onde vem esta expressão dos quinhentos??])impropérios e umas acutilantes asneiras? Digam-me lá se existem palavras com mais força, ou que encham mais a boca do que um valente "C*na" ou um rotundo "F**a-se". Tanto significado em tão poucas palavras...

PS - Até esse dia, continuaremos a dar uso ao asterisco, rei e senhor de disclaimers bancários.

F.

segunda-feira, março 23, 2009

Primeiro post por moi même

Resultado de uma conversa com a minha newest friend S.

Web 2.0 vs Old school saying:
"The keyboard is mightier than the sword"

huuuuuuumm....

F.

terça-feira, março 10, 2009

domingo, março 08, 2009

Mensagem aos clientes:

Nós sabemos coisas.

quinta-feira, março 05, 2009

Estórias do arco do Merceeiro #1

Àquela hora, já toda a gente tinha saído — leia-se: desistido do projecto que era apenas uma presença da agência no concurso, sem pretensão de ganhar. Mas como todo o conceito era meu, o racional também e, pasme-se, até a estratégia criativa e respectiva justificação o chegaram a ser, era o meu bebé e, por isso, não (des)larguei até estar tudo feito. Eram, portanto, avançadas horas adentro pelo serão, estava eu a inserir copy num mupi da designer que já tinha saído, quando fui interrompida pelo merceeiro do Gabinete do Canto Com a Janela Grande, vulgo e abreviado, CEO.
— Então, menina, que está a fazer?
— Então, sr. Merceeiro, estou a trabalhar. Não se nota? — estava precisamente a inserir os textos das speech bubbles que compunham o mupi.
— Ah é?
Ignorei-o. Já estava nas minhas costas, a uma distância que era impossível que não visse cada ponto e vírgula que eu metesse.
— E está a colocar pontos finais em headlines?
— Não são headlines, sr. Merceeiro. São falas.
— Isso é o quê?
— É o mupi, sr. Merceeiro.
— Então são headlines. Se estão num mupi são headlines.
Voltei a ignorá-lo.
— A menina não sabe que em publicidade não se usam pontos finais?
— Permita-me discordar, sr. Merceeiro.
— Não foi a menina que estudou Jornalismo?
— Sim, sr. Merceeiro.
— Então não percebe nada de Publicidade. Se percebesse, não estaria aí a meter pontos finais em headlines.
— Sr. Merceeiro, vai-me desculpar, mas tanto em Publicidade como em Jornalismo, se escreve em Português. A língua é a mesma e as regras também.
— Pois, mas volto-lhe a dizer que não deve escrever pontos finais em headlines.
— Isso é discutível, sr. Merceeiro. E eu volto a dizer-lhe que não estou a escrever headlines. Já agora, apenas para referência, deixe-me apontar-lhe para o livro que o seu colega, Director de Contas e Publicitário de Carreira, teve a gentileza de oferecer a cada um dos colegas da equipa (e que estava em cima da mesa).



O homem nunca mais olhou para mim direito. Halas...

Ah, e este post já não pode dar aso a despedimento.

Como enlouquecer um Director de Arte #1

(ou um copy forçado a fazer layouts em Pages ou Publisher porque o cliente não quer pagar a um designer)
Fonte não-citada pelo copy nos enviou isto. Está em brasileirês, mas tenho mais que fazer do que traduzir isto).

— Microsoft Office
Quando você tiver que mandar um documento para um designer gráfico, certifique-se que ele foi feito com algum programa do Office. Versão PC se possível. Se você tiver que mandar imagens, você terá mais chances de enlouquecê-lo; ao invés de apenas mandar um jpeg ou um raw de câmera digital, insira as figuras em um arquivo de Office como o Word ou Powerpoint.
Não se esqueça de baixar a resolução para menos que 72 dpi, assim eles terão que contactar você novamente para pedir uma versão com a qualidade melhor. Quando você mandar a versão "melhor", certifique-se que o tamanho seja no mínimo 50% menor. E se você estiver enviando as figuras por e-mail, esqueça de anexá-los de vez em quando.

Como enlouquecer um Director de Arte #2

— Fontes
Se o D.A. escolher Helvetica, peça Arial. Se ele escolher Arial, peça Comic Sans. Se ele escolher Comic Sans, ele já está 50% doido, então seu trabalho está 50% pronto.

Como enlouquecer um Director de Arte #3

— Quanto mais melhor.
Suponhamos que você precise de uma arte para um jornal. Directores de Arte vão sempre tentar deixar espaços em branco em qualquer lugar. Margens largas, o alinhamento, o kerning do texto, etc. Eles vão dizer que eles fazem isso para facilitar a leitura e manter um visual limpo e profissional. Mas não acredite destas mentiras. Eles fazem isso para deixar o documento ainda maior, com mais páginas, e isto lhe dará mais prejuízos com a gráfica. Por que eles fazem isso? Porque diretores de arte odeiam você. Eles também comem bebês. Sem cozinhar, carne de bebê crua. Então certifique-se de lhes pedir para colocar margens menores e um texto muito pequeno. Diferentes tipos de fonte também são uma boa pedida (e você ganha bonus se pedir Comic Sans, Arial ou Sand). Peça clipart. Peça muitas figuras (se você não sabe como mandá-las, veja o item 1). Eles vão tentar argumentar e defender as escolhas deles mas não se preocupe, no final, o cliente está sempre certo e eles irão acatar todos os seus pedidos.

Como enlouquecer um Director de Arte #4

— Logos
Se você tiver que mandar um logo de um projeto particular para um D.A., de um patrocinador ou parceiro por exemplo, certifique-se de que ele seja realmente pequeno e um gif ou jpeg de baixa resolução. Novamente, você ganha pontos se inseri-lo em um documento Word antes de mandá-lo. Agora você deve estar pensando que isto tenha sido suficiente mas se você quiser mesmo abalar a estabilidade mental de um diretor de arte, dê o seu melhor e mande uma versão do logo com um fundo que dificulte o seu recorte. Fundos pretos ou brancos devem ser evitados, já que são facilmente cortados com um layer style mais escuro ou mais claro no photoshop. Uma vez que o D.A. estiver trabalhando em um logo bitmap, diga-lhe que você precisa dele maior. Se você precisa de um logo customizado, faça os seus próprios rascunhos em um guardanapo. Ou melhor ainda, deixe seu filho de 9 anos desenhar isso. Seu rascunho não pode demorar mais que 5 minutos para ficar pronto. Você não quer algo detalhado e fácil de ser entedido, porque quanto menos um D.A. o que você quer, mais mudanças ele terá que fazer no futuro. Nunca aceite o primeiro logo. Nunca aceite o nono, faça-o fazer várias mudanças, cores, fontes e clipart. Peça-lhe para adicionar uma foto no logo. Cantos. Gradientes. Comic Sans. E quando ele estiver em sua décima tentativa, diga-lhe que você gostou mais da segunda. Eu sei, isso é cruel, mas lembre-se: directores de arte são a causa do câncer de mama entre as mulheres de meia-idade.

Como enlouquecer um Director de Arte #5

— Escolhendo suas palavras.
Quando estiver descrevendo o que você quer para um "arteiro", certifique-se de usar termos que realmente não signifiquem nada.
Termos como "jazz it up a bit" ou "poderia tornar isso mais webístico?". "Eu gostaria de um design bonito" ou "Eu prefiro gráficos legais, gráficos que, você sabe, quando você os vê você diz: esses são gráficos legais." são outras opções. Não se sinta mal com isso, você fez a coisa certa. De fato, é a sua obrigação porque todos nós sabemos que em noites de lua cheia, os D.As se transformam em lobisomens.

Como enlouquecer um Director de Arte #6

— Cores
A melhor maneira para escolher as cores (porque você não quer deixar o "artista" escolher) é escrevê-las randomicamente em pedaços de papel, colocá-los em um chapéu e sorteá-las. O diretor de arte irá sugerir que você fique com 2 ou 3 cores no máximo, mas não. Escolha quantas cores você quiser e certifique-se de fazer o sorteio no chapéu na frente dele. Enquanto fizer isso, cante uma música bem chata.

Como enlouquecer um Director de Arte #7

— Prazos
Quando for a sua vez de aprovar o layout, relaxe. Não há pressa. Espere dois dias. Mais seis. Conforme o fim do prazo for chegando, contate o D.A. com mais correções e mudanças que ele tenha tempo para fazer. Afinal, os "dêretores" são responsáveis pelos ataques do PCC e do 11 de setembro.

Como enlouquecer um Director de Arte #8

— Acabe com ele.
Depois de aplicar todos os itens desta lista em sua vítima, faz parte da natureza humana (embora alguns irão argumentar se eles são humanos ou não) ficar um pouco inseguro. Conforme ele for percebendo que não pode satisfazer suas necessidades, o diretor de arte irá abandonar todas as suas esperanças de vencer uma discussão e irá fazer só o que você disser para ele fazer, sem questionar. Você quer aquilo em roxo? Então é roxo. Seis fontes diferentes? Claro!
Nesta altura dos fatos, você deve estar pensando que venceu, mas não se esqueça do seu objetivo: ele tem que desistir desse negócio. Então esteja pronto para o golpe final: Quando estiver em suas decisões finais sobre cores, formas, fontes, etc, diga-lhe que está desapontado com a falta de iniciativa dele. Diga-lhe que afinal de contas, ele é o DIRETOR DE ARTE e que ele deveria ser o cara que coloca sua experiência e seu talento no trabalho, não você. Que você estava esperando mais soluções e avisos sobre o layout dele.
Diga-lhe que você está farto desta falta de criatividade e que era melhor você mesmo fazer o seus layouts no publisher ao invés de pagar por seus serviços. E aí está. Você deve ter um diretor de arte imobilizado em uma camisa de força em pouco tempo!

Free the Freelancer.

Conversa entre dois freelancers, um designer e, o outro, copy:

—Sabes quando te sentas em frente ao computador para fazer um trabalho para um cliente e simplesmente já não encontras motivação para apertar uma tecla que seja?

— Sei. É o princípio do fim.
Como é???? Está tudo a fazer headlines, bodycopys, scripts, memórias descritivas, press-releases e eu sei lá mais o quê???? Toca a escrever malta! Isto aqui parece um deserto.

Ah! Já me lembro. Nasceu o Twitter.